O valor atribuído pelos bancos aos imóveis, no âmbito da concessão de crédito, continua a baixar, segundo dados oficiais revelados ontem. Entre os apartamentos, os mais desvalorizados foram os T2 e T3, que caíram perto de quatro por cento. O Alentejo foi a região mais depreciada e o Algarve continua a ser a zona mais cara do Continente.
A descida do valor das avaliações bancárias nos empréstimos para a compra de casa corresponde a uma atitude mais cautelosa num contexto de crise internacional.
O valor médio de avaliação bancária de habitação registou um decréscimo, face ao primeiro trimestre, de 2,8 por cento – que atingiu os 4,6 por cento comparativamente ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
No segundo trimestre, o valor médio do metro quadrado fixou--se nos 1186 euros, com o patamar mínimo a encontrar-se no Centro (980 euros/m2) e o máximo no Algarve, onde o metro quadrado ronda em média os 1485 euros. Em termos globais, os apartamentos foram os mais afectados, com quedas da ordem dos 3,3 por cento.
As descidas foram registadas em todas as tipologias, com excepção dos apartamentos com maior dimensão, que foram valorizados pelos bancos em mais 1,3 por cento do que no trimestre anterior.
O valor das moradias desceu no trimestre 0,4 por cento, segundo o INE. Por regiões, destaca-se o crescimento em Lisboa, Vale do Tejo e Algarve de, respectivamente, 0,5 por cento e 0,1 por cento.
O Alentejo é a região mais desvalorizada, com a variação trimestral a atingir os cinco por cento.
Nas duas maiores regiões do País, a área metropolitana registou uma variação negativa de 3,6por cento, enquanto a do Porto conheceu uma queda de 3,7 por cento.
BANCOS ATENTOS AO MALPARADO
Os valores crescentes do crédito malparado estão a levar os bancos a apertarem os critérios para a concessão de crédito, nomeadamente o valor do imóvel. Os últimos dados revelados pelo Banco de Portugal mostram que o crédito malparado voltou a bater recordes, atingindo os 2,59 mil milhões de euros dos 131 mil milhões de euros em empréstimos contraídos à Banca. Só no crédito ao consumo os empréstimos de cobrança duvidosa contraídos pelas famílias totalizavam 633 milhões de euros, revelou o Banco de Portugal.
Contributo enviado por Francisco Gonçalves (Angariador Imobiliário - RE/MAX Sé)
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