quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Tem dificuldades de relacionamento com os outros?

Por José de Almeida – Formador

Claro que sim, todos nós temos numa ou noutra ocasião. Se olharmos à nossa volta, vemos que todos nós somos diferentes.
Uns gostam de falar rápido, outros gostam de falar lento.
Uns adoram falar sobre as coisas, outros preferem agir.
Uns adoram sentir outros preferem ver.
Enfim todos temos formas diferentes de pensar, falar e agir. Até mesmo de analisar e interpretar a realidade que nos rodeia.
Uma das principais fontes de problemas nos relacionamentos pessoais e mesmo nos profissionais é que nem sempre entendemos a forma como esta ou aquela pessoa funcionam. Seria fantástico se existisse uma fórmula mágica que nos permitisse relacionar facilmente com as pessoas à nossa volta, não era?
De facto existe; há muito anos que os psicólogos e os especialistas em neurolinguística conhecem as bases da empatia. Nós gostamos de usar o nome em Inglês, Rapport! Rapport e não empatia porquê?
Por um lado para sermos diferentes, perdoem-me a ousadia, mas gosto de dar um tom diferente às coisas. Por outro Rapport é mais sexy, enrola-se na língua, e se vos perguntarem o que é que estão a ler, quando disserem "é um artigo sobre Rapport" todos os vossos amigos vão ficar interessados.
Mas o que é isto do Rapport?
Basicamente é a capacidade que temos de criar relações de empatia com algumas das pessoas à nossa volta em pouco tempo.
Existem com certeza na vossa vida, pessoas com as quais se identificaram à primeira e rapidamente criaram uma relação de empatia. Por outro lado, existem com certeza outras que só de as verem entrar pela porta, imediatamente disseram para convosco "Hum… Com este não me parece que eu me vá dar bem".
Se procurarem analisar quais as pessoas com quem se dão melhor, vão ver que normalmente são as pessoas que são mais parecidas convosco.
O que é certo é que gostamos de pessoas que sejam iguais, ou parecidas ou que funcionem como nós funcionamos. Isto leva-nos a outra questão.
Então se com alguns nós criamos empatia facilmente, o que é que vamos fazer com os outros? Deixar de nos relacionarmos? Claro que não!
Só temos de entender com muita clareza o que é que os faz "mexer". Ou seja como é que funciona a cabeça deles.
Para poder criar relações de empatia rapidamente, eu costumo usar a minha regra de platina. Perguntam vocês e muito bem, mas o que é que é a tua regra de platina?Muito simplesmente isto:
"Façam aos outros como eles gostariam que lhes fizessem!"
Sim leram bem! Não me enganei na frase. Trata-se de lidar com os outros como habitualmente eles gostam que lidem com eles. Querem um exemplo? Aqui vai:
Imaginem que têm um amigo vosso que é todo "acelerado". Mas vocês são pessoas calmas e que gostam de levar o seu tempo a fazer as vossas coisas. Não vos deixa doidos quando ele vos quer apressar?
Claro que sim; e por vezes isso não gera desconforto e alguma areia no vosso relacionamento?O que se passa é que devido aos dois estilos de funcionamento serem muito diferentes podem existir choques de diversa ordem. Mas então qual é a solução?
Muito simplesmente adaptarmo-nos nós ao estilo dele. Por exemplo, se querem lidar com ele de uma forma mais eficaz, procurem adoptar o seu estilo.
Falem mais rápido, mexam-se mais rápido, não percam muito tempo com pormenores, vão direitos ao assunto e aí por diante…
Vão ver que o processo de criação de empatia com estas pessoas fica em muito facilitado.Claro que o inverso também é verdade. Uma pessoa muito rápida a lidar com uma pessoa mais lenta pode usufruir desta técnica adaptando-se e lidando com o outro ao seu ritmo. Falando mais lentamente, dando-lhe tempo para pensar, sem o apressar, etc...

Esta semana experimentem!

Adaptem-se à pessoa que têm à frente e vejam os resultados surpreendentes que isso tem.
Publicado por Carlos Henrique Macheira (RE/MAX Sé)

1 comentário:

Unknown disse...

Nem mais.
È assim que deve ser, e para o conseguirmos fazer temos de estar bem, com "pica", empenhados e confiantes no nosso papel.
Não é fácil vestir a pele de camaleão, mas é assim que se conquista a confiança dos clientes.

Mais uma tese que vem confirmar aquilo que já tinha percebido de outros livros e palestras.